Mas, ainda que o mote seja anedótico, não deixa de apresentar um vasto universo à imaginação, especialmente a mais grotesca. Matar dentro de um videojogo, onde há total liberdade criativa, e prolongar ou recriar esse efeito na realidade, seria um desafio a que um idealista gráfico se lançaria de unhas e dentes. Porém, desengane-se quem imaginava assistir a algo semelhante a um dos telediscos de Marilyn Manson da época “Antichrist Superstar”. Não há um ponto em que este filme não fique aquém das expectativas. Os efeitos especiais são medíocres, as interpretações dos protagonistas sofríveis e tanto a criatividade visual como a qualidade da escrita deixam imenso a desejar.
O videojogo é, em si, mais um shoot ‘em up de mortos vivos numa fazenda com mansão e cemitério, e o guião não traz uma única pista para a explicação das mortes para além do facto de se ler um texto no início do jogo, presumivelmente a conjuração/encantamento que permite à alma penada matar fora do jogo. Mas, quanto a quem produziu o jogo, a intenção por trás do jogo, porque razão a alma penada de uma condessa maldosa reencarnada se rebaixaria a matar da mesma forma que um videojogo de que não percebe nada, fica tudo em aberto. Claramente, porque o argumento não passa da rama, da superficialidade de uma fita para adolescentes sem discernimento ou espírito crítico.
Até os zombies do jogo são tristes, têm o aspecto da menina de “The Ring” e movem-se como ela ou como a adolescente de “Gothika”, andam pelas paredes como a criança de “Ju On – A Maldição”. Nem nesse básico o filme foi desenvolto.
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