O primeiro Saw (trocadilho entre “serra” e “puzzle”) era um jogo mortal bem engendrado mas apenas razoavelmente encenado (e vergonhosamente representado, especialmente Cary Elwes). O cenário repulsivo e monocromático da casa de banho onde os dois jogadores estão algemados e da qual só poderão escapar se ganharem o jogo é alimentado pela acção fora de portas da esposa e filha (de um dos jogadores) raptadas e pela investigação ferrenha de um detective decidido a apanhar Jigsaw, o estranho criminoso criador do jogo.
Como no final do original ficamos a saber quem ele é, surge agora de cara destapada. E têm também mais tempo de antena as actrizes Dina Myer e Shawnee Smith, que reprisam os seus papeis. Repete-se o esquema do primeiro filme, mas ampliando-se o número de jogadores e a diversidade do jogo. O cenário já não é uma casa de banho no meio do nada, mas toda uma casa. Cada quarto esconde uma pista ou uma armadilha, e o truque está em analisar as primeiras e evitar as segundas.
O casting é irregular e algumas das escolhas absolutamente erradas, especialmente Donnie Wahlberg e Franky G.
O argumento não tem a frescura que deveria, mas mantém a curiosidade na solução e a parte final apresenta suficientes reviravoltas para manter a desilusão à margem.
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