Hatchet é uma declarada paródia aos filmes slasher, nomeadamente à saga Sexta Feira 13 e outros massacres no bosquedo, mas conduzida com respeito pelo género. Ao contrário dos Scary Movies, o realizador e argumentista Adam Green optou por preencher o vazio de horror contemporâneo com uma honesta homenagem ao género que conheceu o seu auge durante os anos 80 (e que Wes Craven repescou para os anos 90, com a trilogia Gritos).
Green empurra rapidamente um grupo de dispensáveis para um pântano, numa noite chuvosa, carne para canhão de um gigante deformado que, por mais vezes que seja morto, volta sempre a levantar-se. Ou seja, o típico. O enredo é infantilóide e sem a menor profundidade, o que é facilmente ultrapassável, mas a total ausência de suspense e de twists deixa um pouco a desejar. Ficamo-nos pelas mamas ao léu e pelo gore bem trabalhado, mas o que eleva o filme da mediania é o sentido de humor. De resto, é um filme que perde lentamente o fôlego, quase ao ponto de defraudar expectativas.
Hatchet conta com a presença de Kane Hodder (o homem por trás da máscara na maior parte dos filmes Sexta Feira 13 é também aqui o monstro) e de Mercedes McNabb (uma vampira em Buffy e em Angel) e com cameos de Robert Englund (Freddy Krueger), Tony Todd (Candyman) e Joshua Leonard (Blair Witch Project) . O realizador e o protagonista, Joel Moore, deram-se tão bem que co-realizaram em 2007 Spiral, escrito pelo actor.
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