Um condenado (por um crime que não cometeu, como convém) amnésico (devido a um incidente durante a Guerra do Golfo, só porque sim), é enfiado numa gaveta da morgue, destinada a cadáveres, por períodos de longas horas (como parte do tratamento, medida extremista de um psiquiatra odioso), durante os quais é transportado para o futuro e tenta solucionar o mistério que envolve a sua própria morte, a qual deverá ocorrer no espaço de quatro dias.
O ambiente e a aura de mistério que envolvem o drama têm consistência e mantêm o interesse, mas o balde de água fria chega quando o mistério é solucionado. Seria sempre decepcionante, mas podia não ser tão triste se não fosse dado com tanto desprendimento. É por essa razão que o thriller tem as suas regras.
Adrien Brody está tão magro como n’O Pianista (Christian Bale continua a ganhar-lhe, ao perder 30kg para O Maquinista – deve ser uma profissão mais extenuante), mas não traz grande intensidade ao papel para além de parecer esfomeado. Keira Kneightley quis provar que o tamanho do seu peito foi digitalmente aumentado em O Rei Artur, mas é uma incógnita se fica a ganhar com isso.
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