A moda pegou de tal forma que a trilogia inicial já conta com remakes. O mago dos efeitos visuais Tom Savini tomou a dianteira em 1990, num exercício de estilo que pretendia apenas mostrar os avanços na arte da maquilhagem, Zach Snyder actualizou O Amanhecer dos Mortos em 2004 e Steve Miner completou a trilogia em 2008, com uma qualidade tão duvidosa que o filme foi directamente para vídeo.
Para além da moda baseada especificamente na obra de Romero, como por exemplo, A Noite dos Mortos Vivos 3D (2006), há que mencionar 28 Dias Depois (e a sequela 28 Semanas Depois), as trilogias Evil Dead (1981-1992) e Resident Evil (2002-2007) e a saga de Regresso dos Mortos Vivos (1985) iniciado por Dan O’Bannon (argumentista de Alien) e que em 2005 teve duas sequelas (sem número romano no fim, mas a contabilizarem as partes IV e V), ambas com o mesmo realizador (Ellory Elkayem), argumentistas e actores principais.
Quanto a George A. Romero, trouxe para Diário dos Mortos uma única novidade, a ideia da câmara subjectiva, mas o ano de 2007 foi uma epidemia de falsos reality shows: Cloverfield, [Rec] e The Poughkeepsie Tapes são apenas alguns exemplos. De resto, é mais do mesmo. Meia dúzia de mortos-vivos a cambalearem como se tivessem os sapatos demasiado apertados, uns tiros na cabeça e a ideia de que atravessar um crânio é como barrar manteiga: uma foice atravessa de um lado ao outro dois crânios e uma flecha pendura um miúdo a uma parede. O elenco deve ser consitituído por quem prestou as piores provas nos castings, se acaso os houve, e não há um único momento de suspense em toda a película. O aspecto analítico sobre os media através de voiceover é ridículo, tal é o número de frases feitas que são debitadas. Para quem não percebeu em 2005 que George Romero esgotou os seus recursos, este fiasco deveria ser prova mais do que suficiente.
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