Os bosques estão vivos e precisam do sangue das jovens estudantes para libertarem-se, mas não se percebe muito bem o que significa essa liberdade nem qual a relevância de as escolhidas (para libertar as árvores) terem uma bolsa de estudos em vez de pagarem propinas.
Apesar do Movimento “Salvem As Árvores, Dêem Sangue”, este filme nada tem de ecológico (ao contrário de, por exemplo, a adaptação deA Natureza do Medo, de Brett Leonard) nem de interessante. É do mais básico e entediante que o tema poderia oferecer. As bruxas parecem não ter grandes poderes e a escolha de uma determinada cama para as meninas que vão servir para libertar árvores, porque é a única que fica por baixo de uma janela, é ridícula, já que as árvores conseguem espalhar os seus ramos por todo o quarto, chegando mesmo a avançar pelos corredores.
Lucky McKee atreveu-se, com O Bosque Maldito, a pisar terreno pantanoso e acabou enterrado nele até ao pescoço. O realizador traz no currículo May, de 2002 (uma versão de Frankenstein adolescente com Angela Bettis), e um episódio da série Masters of Horror (onde, aparentemente, qualquer um pode ser mestre).
Patricia Clarckson é completamente desperdiçada e um gordo e velho Bruce Campbel dá o muito pouco que tem para dar, mas O Bosque Maldito não vinga pela ausência de atmosfera tensa, uma banda sonora demasiado apagada, efeitos especiais da sopa dos pobres e um argumento que devia ter sido incinerado em vez de atirado fora.
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