Já não se justifica fazerem-se filmes destes. Nos anos 80, com o sucesso da saga Alien, arranjaram-se monstros de todos os géneros e feitios a dizimarem pequenos grupos de humanos. “Leviathan” debaixo de água, “Deep Star Six” no espaço, “Pitch Black” num planeta inóspito, “Barco do Inferno” no interior de um navio luxuoso, e podia continuar-se sem parar.
Aqui o plágio situa-se dentro de uma gruta submersa, nunca antes pisada pelo homem, e que interessa estudar e cartografar. Por isso, uma equipa especialista em mergulho tem a missão de se aventurar nessas águas. Uma vez nesse claustrofóbico cenário, tèm de enfrentar uma raça de criaturas que os querem devorar.
Mas nada disso importa. O único propósito possível para se tentar fazer um filme com uma história tão similar a tantas do passado só pode ser para a trabalhar de uma maneira nova, encontrar variações e produzir algo de novo, que as versões anteriores tenham esquecido. Nada tão falso. A falta de ideias é o motor do plágio, e aqui a aridez é tão grande que não há um único plano que se aproveite. Um único.
As cenas aquáticas são feitas numa piscina (e nota-se despudoradamente), as cenas com monstros são muito poucas (e os monstros são CGI ou animatrónicos, mas de ambas as formas muito mal desenhados e articulados) e os ataques são feitos com a câmara a abanar imenso e não se vê absolutamente nada de jeito.
Espanta ver actrizes Piper Perabo e Lena Heady metidas nisto. Quanto a Hauser, não espanta nada. Ele já enfrentara criaturas iguaizinhas em Pitch Black, ao lado de Vin Diesel.Em conclusão, é uma fita miserável e néscia em todos os sentidos, a evitar a qualquer custo. Isto não é cinema, é lixo.
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