Se este filme pudesse ser mais estúpido, sê-lo-ia. A história: um grupo de seis adolescentes do reformatório são enviados num programa de reabilitação para um velho hotel de seis andares, que sofreu um incêndio e foi fechado há 35 anos atrás. Agora a Câmara quer fazer dele um centro de acolhimento para os sem-abrigo, e em troca de um fim de semana de trabalho, a pena dos jovens é encurtada um mês. Claro que há um assassino com o tamanho do Hulk que habita o hotel e gosta de arrancar os olhos às suas vítimas.
Ninguém esperava um tratado, mas também... 35 anos depois de um incêndio, este hotel ainda tem electricidade, água corrente e elevadores que funcionam? E o que esperam que façam seis adolescentes de esfregonas durante um fim de semana, a um sítio que esteve ao abandono durante décadas? Só se entre eles estivesse o Rato Mickey Aprendiz de Feiticeiro (Fantasia, Disney, 1940), que transformasse centenas de vassouras e baldes de água em criaturas vivas e laboriosas.
Quanto à explicação para o facto personagem maléfico (que se chama Jacob Goodnight, mas ninguém se refere ao nome dele porque a única cena em que tal acontecia foi cortada na montagem final) arrancar os olhos às vítimas, é risível. Em flashbacks, vemos um menino que é forçado a viver uma gaiola e que se masturba com playboys (como as revistas chegam ao interior da gaiola é um mistério). A mãe diz-lhe: "Não vês que isso é pecado? Vê-se nos olhos delas!" E voilá, toca a arrancar olhos.
Quanto a Gregory Dark, é um realizador que vem da pornografia, onde dirigiu dezenas de títulos, incluindo a trilogia "Entre As Bochechas". Por último, fiquem atentos a uma curta cena pós-inicio dos créditos finais. Kane perdeu um olho na sua morte, e um cão vadio aparece para lhe urinar... precisamente através do buraco do olho.
See No Evil 2006
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