Overlord parece um guião de Roger Corman com efeitos especiais mais requintados, ficando uma vez mais provado que é a escrita, e não a técnica, que comanda o sonho. Na véspera do final da Segunda Guerra Mundial, um batalhão aliado tem como espinhosa missão destruir o centro de comunicações montado pelos nazis no topo do castelo de uma terriola francesa. Mal eles sabem que um médico maluco faz aí testes para a criação do super-soldado ariano e, depois de uma hora de tédio e aborrecimento, lá começam a manifestar-se as criaturas escondidas nas catacumbas da igreja, experiências falhadas com militares e aldeões transformados em zombies fortes mas frouxos. Infelizmente, o casting não testou os talentos da banda e as coreografias são tão básicas como um Andy Serkis constipado.
Para quem se questionar sobre o título, não há qualquer overlord em cena, mas a noite em questão é a véspera do Dia D, em que os Aliados puseram pé nas praias da Normandia via Operação Neptune, depois de outros terem aterrado de pára-quedas na Operação Overlord. Wyatt Russell, filho de Kurt Russell, tem o cabelo mais amarelo do catálogo, mas Pilou Asbæk diverte-se mais. Jovan Adepo, que teve de fazer frente a Denzel Washington em Fences (2016), é o herói. Mas o filme, produzido pela Bad Robot de J. J. Abrams, é uma desilusão de ponta a ponta.
Overlord 2018
No comments:
Post a Comment