A poesia mórbida da solidão fria dos lugares inóspitos, agarrados a tradições tão simples quanto antigas de bem, mal e mais ou menos, a navegar por entre o branco da neve enquanto se desenham as construções individuais de valores tão pessoais que rejeitam o que é diferente como pertencendo a um artificial colectivo. Isto e uma narrativa que não faz o menor sentido para os sentidos treinados quando, subitamente, dois velhos amigos se cruzam e, a partir daí, é tudo tratado a tiro. A neve do Alasca vai derretendo até nada ter de concreto, há destinos que estão traçados desde o berço.
Jeffrey Wright recorda o passado de quando tinha uma carreira pela frente, Alexander Skarsgård e Riley Keough mantêm o registo de todos os seus trabalhos, James Badge Dale continua fiel ao figurino de morrer em 99% dos seus papeis e Jeremy Saulnier, com um guião adaptado pelo seu amigo de infância Macon Blair do livro de William Giraldi, mostra que continua a ser difícil defini-lo.
Hold the Dark 2018
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