Escrito e realizado por Kevin Smith a pensar exclusivamente nos fãs dos seus podcasts, Tusk nasceu de um anúncio no site Gumtree (parecido com o Craigslist), onde alguém oferecia alojamento grátis em troca do inquilino se vestir como uma morsa, e que Smith transformou numa revisitação básica do conceito de A Centopeia Humana (2009). Consegue entreter mas, retrospectivamente, apresenta pouco sumo para tanta fibra.
Um podcaster à procura de uma entrevista mete-se na boca do lobo e, desaparecido aos olhos do mundo, tem a namorada e o melhor amigo à sua procura, e com a ajuda fortuita de um investigador privado obcecado em perseguir um serial killer, chegam a tempo de evitar o pior, se não tivermos em conta que o pior já aconteceu.
Comédia de terror que fracassa em ambas frentes, assim é dado o pontapé de saída àquilo a que Smith apelidou de trilogia canadiana, a que se segue Yoga Hosers (2016) e Moose Jaws, que só obterá financiamento de produtores que não assistiram aos dois capítulos anteriores. No plano positivo, Kevin Smith demonstra que sabe retirar o melhor dos actores, não só com Justin Long e Michael Parks fieis a si próprios, como Genesis Rodriguez a mostrar mais alcance. Haley Joel Osment, que se estreou de forma promissora em O Sexto Sentido (1999) e perdeu o comboio da carreira depois de contracenar com o pedófilo Kevin Spacey (Favores em Cadeia, 2000), aceita mais uma esmola e Johnny Depp, disfarçado do queixo até à testa, tem uma pequena aparição, que consegue ser maior do que a da filha, Rose-Lily Depp que, ao lado de Harley Quinn Smith, filha de Kevin Smith, tem uma única cena, a treinarem para o protagonismo em Yoga Hosers (2016).
Tusk 2014
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