Resident Evil: Retribution sobe de nível, mesmo que não suba o nível. Mais um jogo de consola com monstros aleatórios e caras conhecidas, armas artilhadas e dedo no gatilho, há que sobreviver até aos créditos finais. Tarefa árdua, especialmente tendo em conta que, neste filme, até a câmara lenta é em câmara lenta. Para quem esperava uma continuação da narrativa do filme anterior, assiste-se a novo reboot do programa Alice, descartando-se o que ficou para trás, com o navio Arcadia [o suposto paraíso na Terra de Resident Evil: Afterlife (2010)], destruído em segundos, durante o genérico, em rewind por razões estéticas.
Milla Jovovich continua a vestir spandex negro com muitos fechos, molas e fivelas, mas não importa que armas tenha nas mãos, é impossível não ficar hipnotizado pelas suas entradas capilares, ou seja, em vez de ter a linha de cabelo a recuar inteira, horizontalmente, o recesso é apenas dos lados, como nos homens. Sem esse problema mas a parecer cansada e magra, Sienna Guillory surge no mesmo body de lycra e push up bra que em Afterlife, mas com leggingslilases em vez de pretas. Fica melhor, mas o seu visual em Resident Evil: Apocalypse (2004), reminiscente de Lara Croft, continua a ser o mais interessante. Michelle Rodriguez trouxe a roupa de casa.
Paul W. S. Anderson escreveu todos os capítulos da saga Resident Evil, que promete fechar no sexto e próximo filme (2017), tendo realizado o primeiro e voltado a espreitar por trás da objectiva em Afterlife (Apocalypse e Extinctiontiveram Alexander e Russell Mulchay ao leme, respectivamente). Curiosamente, o seu regresso como realizador deu-se depois de ter casado com a protagonista, Milla Jovovich, em 2009. É a segunda vez que a actriz casa com um realizador depois deste a ter dirigido (o primeiro foi Luc Besson, depois de O Quinto Elemento, 1997).
Resident Evil: Retribution 2012
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