Desde que Tom Holland filmou Child's Play (1988), o declínio dos episódios que se lhe seguiram não ofuscou a popularidade do boneco diabólico, que conta já com sete filmes, os três últimos realizados pelo argumentista de toda a saga. Don Mancini conseguiu que o seu Chucky alcançasse o estatuto de outros slashers que povoaram os anos 1980,nomeadamente Freddy, Jason e Myers, agradando a um público que sabe o que quer e o que quer não é originalidade nem qualidade. Por isso, Culto de Chucky é mais do mesmo.
Sequela directa de Curse of Chucky (2013), faz o que tantos fizeram para manter vivas as lendas da série B: incapaz de provar que a autoria dos crimes foi de um boneco, Fiona Dourif (filha de Brad Dourif, voz de Chucky em todos os filmes) é internada num hospital psiquiátrico e os doentes da mesma ala vão sendo assassinados por um boneco Good Guytrazido por Jennifer Tilly. No final, há três Chuckies a fazerem das suas, sem contar com a boneca Tiffany, que tem apenas um cameo sem importância.
Um boneco diabólico numa saga sem alma, Don Mancini é tão somítico como pragmático nas suas funções que Chucky, agora em regime direct-to-video, faz o que quer num hospital que tem apenas dois enfermeiros, um porteiro e um médico que trabalha em duas instituições diferentes mas, seja dia ou noite, os quatro estão prontos para entrar em cena. Não só isto, como nem chega a ser chamada a polícia quando os pacientes morrem, ainda que de aparente suicídio ou acidente. Alex Vincent representa o menino que matou Chucky no original pela quarta vez.
Cult of Chucky 2017
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