Thursday, February 14, 2019

Ouija A Origem do Mal, de Mike Flanagan

Filme realizado por Jeckill e Hyde, começa como um drama sóbrio e discreto (com um óbvio elemento sobrenatural), para mais tarde subverter o esquema e atirar o barro todo à parede, com as personagens agarradas; uma delas até fica colada à parede como o Homem-Aranha ou ao tecto como um vampiro. Há também um padre racional, o que é uma novidade bem vinda, ter conhecido o E.T. em criança e um casamento antes do hábito foram, naturalmente, boas influências (refiro-me, claro, ao actor Henry Thomas). De resto, temos a eterna casa assombrada, com uma das almas penadas a aproveitar a aquisição de um tabuleiro de Ouija (jogo da Hasbro através do qual, supostamente, pode falar-se com os mortos) como portal para o seu regresso ao mundo dos vivos. 

O problema desta prequela de Ouija – O Jogo dos Espíritos (2014) é que não mete medo, eventualmente porque 40 minutos de fita (digital, com feitos para imitar celulóide filmado em 1971) ficaram no chão da sala de montagem, com personagens eliminadas e cenas truncadas. O que sobra é mais do mesmo. Depois do ímpeto obtido por Oculus (2013), em que desenvolveu a sua curta homónima, Mike Flanagan (realizador, argumentista e editor) arregaçou as mangas e em 2016 estreou três filmes: Hush, Before You Wake e OuijaLulu Wilson é o melhor de Ouija. A menina sabe abrir a boca. 

Ouija The Origin of Evil 2016

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