Steven Shainberg já não realizava um filme há dez anos (Fur: Um Retrato Imaginário de Diane Arbus, 2006) e o seu nome continuará a ser recordado apenas por outro com dezoito (A Secretária, 2002). Escrito pelo argumentista de Hard Candy (2005) e Devil (2010), dois filmes apenas com narrativa suficiente para uma curta-metragem, Rupture conta a história de uma mulher raptada e torturada por indivíduos que monitorizam o seu estado e murmuram frases enigmáticas, antes dela se evadir às escondidas e percorrer todo o edifício onde está cativa através das condutas de ar condicionado, sem que ninguém dê conta; mais do que isso, aparece sempre onde é conveniente para ouvir partes de conversas que ajudam a perceber o enredo. O resto é-lhe explicado depois de ser novamente capturada.
Com Noomi Rapace no principal papel, a trama parece, inicialmente, mais uma variação a testes Mk-Ultra, depois supõe-se que possa ter desenvolvido uma ponta solta da segunda metade de Martyrs (2008) e finalmente revela-se um inócuo (e anedótico) exercício em mutação genética, num ambiente médico tão pouco estirilizado que recorda Jacob's Ladder (1990). Michael Chicklis, Kerry Bishé e Peter Stormare fazem de conta que sabem o que fazem. O Ari Millen é mais conhecido pela sua participação na série Orphan Black, onde se lida com genética e vários clones da protagonista e Noomi Rapace (protagonista de Rupture) faz o papel de sete irmãs no filme Sete Irmãs (alternativamente titulado What Happened to Monday, 2017).
Rupture 2016
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