De um cineasta de muito moderado profissionalismo, chega mais um exemplo de senil amadorismo. Adaptação livre do clássico Drácula, aparvalhada e incorrigível, apenas capaz de inadvertidamente fazer sombra à satírica de Mel Brooks (Dracula: Dead And Loving It, 1995). Dario Argento parece petrificado na liberdades partilhadas com Jesús Franco e Roger Corman nos anos 70 e 80, tendo com ponto de honra a nudez da sua moderadamente feia mas ainda atlética filha Asia (Miriam Giovanelli também faz as honras), efeitos especiais cartoonescos (nomeadamente a bala que atravessa o céu da boca do chefe da guarda) retirados do caixote do lixo de Van Helsing (2004) e a inovação sem patente de segurar a câmara na ponta de uma vassoura para obter a medida exacta de oscilação e desfocado. Com os Argentos regressa o compositor Cláudio Simonetti, colaborador de Dario desde 1975, então parte do ensemble psicadélico Goblin. Thomas Ketschman e Rutger Hauer vêm pela esmola e não pelo brilho e Marta Gastini veio ao engano, assim como o público.
Dracula 3D 2012
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