Já o mais rentável filme de zombies de sempre, Zombieland é uma comédia em forma de viagem, num mundo onde a doença das vacas loucas transformou os humanos em canibais. Acompanhamos o hilariante percurso de quatro sobreviventes nas suas buscas pessoais: um deles quer saber se os pais estão bem, o outro não descansa enquanto não encontrar o seu snack favorito e as duas irmãs procuram um local seguro, com passagem obrigatória por um centro de diversões às portas de Los Angeles. Os jogos de gato e rato entre eles são tão engraçados quanto os encontros com os infectados. As regras de sobrevivência do narrador participante vão sendo colocadas à prova a cada passo e novos artigos são criados pelo caminho. Convém nunca desvalorizar as pequenas alegrias.
Rhett Reese e Paul Wernick conceberam ao argumento em 2005, a pensarem numa série televisiva, mas Ruben Fleischer entrou a bordo e a condensação teve início. Apesar de antecipada uma aparição de um zombificado Patrick Swayze, o papel exigia um actor vivo e Bill Murray tomou o lugar. A improvisação das suas cenas e a ausência de dança poderão justificar que prometessem mais do que cumprem. A casa apontada como morada de Murray é, na realidade, do rei do imobiliário Lee Najjar e situa-se em Atlanta e não em Los Angeles.
Zombieland é uma comédia que esquece o terror. Os confrontos com os zombies são rápidos e eficientes, mas nunca se chega a temer pelos heróis. O medo está tão ausente que a questão é «como é que vão safar-se» e nunca «será que vão safar-se». Fica assim uma aventura para toda a família, com um elenco bem entrosado (Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone e Abigail Breslin), maquilhagens desenvolvidas por Tony Gardner (imortal desde oThriller de Michael Jackson) e um director de fotografia escolhido pela sua penetração na acção de câmara ao ombro, Michael Bonvillain (Cloverfield, 2007). A maior inspiração para Zombieland foi, segundo o realizador, o britânico Shaun of the Dead (2004).
Zombieland 2009
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