Após um vírus mortal dizimar a população humana, os sobreviventes barricam-se ou rumam à deriva, na esperança de encontrarem um nicho seguro para poderem esconder-se, enquanto a pandemia mata os infectados e volta a ser saudável respirar o mesmo ar que terceiros. Por estradas secundárias, um grupo de quatro jovens (dois irmãos, a namorada de um e uma amiga do outro), num Mercedes baptizado de Road Warrior, ruma à casa de praia dos verões da sua puberdade, onde pensam estar em segurança e com uma vista agradável.
O pano de fundo está longe de ser original, mas Carriers contorna a maior parte dos clichés, ao intensificar a tónica no relacionamento entre os protagonistas, em detrimento de sustos momentâneos ou de sanguinolência gratuita. Inteligentemente, não entra no mercado saturado dos zombies, mas mesmo assim são possíveis comparações com 28 Dias Depois (o melhor dos filmes do género, no novo milénio), devido a uma cena em que indivíduos em posição de poder buscam sexo à força (mais marcante em 28 Dias Depois). Um dos pormenores mais interessantes do filme é o das máscaras de protecção das vias respiratórias, que antecipam as suas personalidades; uns desenharam bocas com dentes afiados, outros sorrisos com línguas de fora.
Do elenco, ênfase para a sempre sensível Piper Perabo, Chris Pine não desmerece, Lou Taylor Pucci está sofrível e Emily VanCamp devia ter sido substituída. Primeiro filme de Alex e David Pastor, também autores do argumento.
Carriers 2009
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