Parece uma trilogia, mas as Purgas de James DeMonaco já têm previstos mais dois capítulos. É verdade, o homem que escreveu O Negociador (1998) e actualizou o Assalto à 13ª Esquadra (2005) começou a realizar o que era seu com Staten Island(2009) e tomou-lhe o gosto. Aparentemente, o público até tem apreciado cada purga (2014) mais do que a anterior (2013) e onde o dinheiro corre, o sangue jorra.
A cronologia é um pouco confusa, pelo que é melhor ignorá-la. Um quarto de século depois dos Novos Pais Fundadores terem chegado ao poder, estão previstas eleições e a Purga é a data ideal para os que querem manter-se no poder eliminarem a candidata que mais os ameaça. Uma vez que o actor Frank Grillo aceitou reprisar o papel que iniciou em A Purga: Anarquia (e onde nada é anárquico: gangs armadas fornecem vítimas para os mais ricos torturarem e matarem em galas para o efeito e há camiões com tropas governamentais a eliminar quem sobra), contrataram-no para proteger a senadora em perigo e, primeiro em casa e depois na rua, bate-se contra assassinos treinados e malucos subversivos, antes de entrar em contacto com a resistência (também já havia resistência organizada em Anarquia) e ter de parar um homicídio e realizar uma missão de resgate na mesma catedral. Como novidade, o turismo relacionado com a Purga, onde estrangeiros dão entrada no país para saírem à rua de armas em punho. Se o primeiro era de suspense e o segundo de guerra, este esforça-se por equilibrar o barco e, a dada altura, até parece a série 24. Elizabeth Mitchell faz de senadora e Betty Gabriel tem mais estilo do que parece.
The Purge: Election Year 2016
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