Tuesday, March 28, 2017

10 Cloverfield Lane, de Dan Trachtenberg

Uma mulher em fuga de uma má relação tem um acidente rodoviário e acorda algemada num bunker, é informada de que começou o inverno nuclear e de que tem pela frente um ano ou mais de vivência subterrânea com dois outros sobreviventes, um deles menos pacífico do que o outro. Pequeno conto do imprevisto ao estilo Quinta Dimensão: face à informação de que o mundo acabou e estás no único sítio seguro, acreditas simplesmente no que te dizem ou tens de ver por ti próprio, por mais perigoso que isso seja?
10 Cloverfield Lane apanhou de surpresa a cinefilia por tratar-se de uma produção de J.J. Abrams a estrear muito próxima do êxito de Guerra das Estrelas: O Despertar da Força (2015), mas tirando esse facto, não deixa uma impressão duradoura. O perfeitamente desnecessário Cloverfield no título é pista suficiente de que a explosão que os personagens alegam ter visto não terá sido o início de uma guerra nuclear, mas mais um episódio do ataque extraterrestre já filmado em Cloverfield (2008). De resto, não é um projecto ambicioso, jogando com ideias gastas e um tão baixo orçamento que os efeitos especiais foram gerados na própria Bad Robot (produtora de Abrams).
John Goodman, Mary Elizabeth Winstead e John Gallagher Jr. Fazem o que podem e Dan Trachtenberg, realizador da curta Portal: No Escape (2011), estreia-se na longa-metragem com profissionalismo, mas sem grande controlo dos efeitos especiais. Não é familiar de Michelle Tratchenberg. Winstead é mantida descalça durante todo o filme, com alguns close ups aos pés, não se entendendo como é que ninguém lhe empresta, pelo menos, um par de peugas; em cena alguma a ausência de calçado se revela importante. O guião recorda os de Retreat (2011), The Devide (2011) e do episódio Shelter Me, da sérieMetal Hurlant Chronicles (2012), baseado num comic publicado em 2003.
10 Cloverfield Lane 2016

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