Tuesday, November 15, 2016

Viral, de Lucas Figueroa

   
Argentino a residir em Madrid, Lucas Figueroa passou dos anúncios televisivos para a curta metragem e Viral é o seu primeiro filme, onde demonstra que o product placement foi a prioridade. Situa a acção dentro de uma loja Fnac e cada enquadramento tem de promover um artigo ou marca. Não dá provas de saber fazer outra coisa, porém. Escreveu, realizou, editou e estendeu o chapéu virado ao contrário.
Comédia de fantasmas inepta, narra a aventura do concorrente a um prémio da Fnac, após ter sido eleito para permanecer no interior da loja da Plaza de Callao, em Madrid, e alcançar os 10 mil gostos no site da iniciativa. Para isso, não pode sair do estabelecimento durante uma semana, sob nenhum pretexto, e o convívio com o exterior está restringido às redes sociais. De dia exibe-se na montra ou passeia-se pelos corredores, à noite investiga a misteriosa aparição de uma menina que arrasta a boneca por entre os escaparates. Tenta também arrastar a asa a uma empregada de caixa. É tão incompetente quanto o realizador.
Aura Garrido é a namorada de serviço e Dafne Fernández (com Miguel Ángel Muñoz, atingiram ambos o estrelato na serie Un Paso Adelante) surge brevemente em lingerie, o que se revela suficiente para obter destaque no genérico de abertura. O primeiro segurança tem a música do Exorcista (Tubular Bells, de Mike Olfield) como toque de telemóvel. Convinha alertar o guionista de que destruir uma maçaneta à cacetada não faz destrancar a fechadura.
Viral 2013

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