Assim como Mama (2013) começou por ser uma curta-metragem sobre uma mulher esquelética que saía das sombras de uma casa para assombrar os moradores, também Lights Out se desenvolveu a partir do mesmo formato e temática, desta feita a curta (dois minutos de duração) de 2013 de David F. Sandberg. Lotta Losten, que interpretava a vítima na curta, é a empregada do armazém de manequins que escapa ilesa no início do filme. Soft spoiler, é também a esposa do realizador e entrou nas oito curtas arrepiantes que fizeram juntos desde o casamento em 2013. Javier Botet e Doug Jones já têm concorrência à altura: com 1,75m de magreza, Alicia Vela-Bailey faz de fantasma Diana e é a dupla de Wonder Woman (2017), que também se chama Diana. E há que ter cuidado com ela, porque é especialista em artes marciais, tendo já substituído Milla Jovovich (Ultravioleta), Kate Beckinsale (Underworld e Total Recall) e Yvonne Strahovski (Chuck) nas cenas mais exigentes.
Lights Out é uma história de terror clássica, básica no seu conceito e simples na sua execução, mas tem alma e empenho e isso é quanto basta para mostrar a importância da eficiência. A par de Nem Respires (2016), é um dos mais assustadores filmes de terror a sair de um estúdio este ano. As actrizes Maria Bello e Teresa Palmer também estão de parabéns. Há algum facilitismo na obtenção de provas – afinal, está tudo à disposição no escritório do padrasto – mas tem lógica que ele tivesse investigado a situação, não sendo propriamente uma ponta solta. Não se percebe bem como é que o fantasma, que evita a claridade, se locomove durante o dia (quando o miúdo foge de casa e vai ter com a irmã, não só percorre a distância como bate à porta num corredor iluminado) mas, enfim, pode fechar-se os olhos a essa incoerência já que, face à maior parte das produções do género, não é um grande pecado.
Lights Out 2016
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