Para evitar paralelismo com Serpentes a Bordo, a sequela de Quarentena não se intitula Zombies a Bordo e aterra em menos de meia hora, para se situar onde foi buscar o subtítulo: um terminal de carga ou hangar, em que um grupo de baratas tontas vai sendo mordida e zombificada. Sem meios, nem vontade, não se faz nada e este é um claro exemplo de incapacidade de esticar os valores de produção.
Quarentena (2008) é o apressado remake norte-americano do espanhol Rec (2007), filme de terror que se demarcou pela utilização de POV e conta já com três sequelas em terra de nuestros hermanos. Quarentena 2 tem trama diversa, com John Pogue, guionista de fracassos como U.S. Marshalls (1998), Rollerball (2002) e Ghost Ship (2002), a reunir as incompetências de realizador e argumentista e a dispensar o recurso ao POV. Em sua defesa, Quarentena, de John Erick Dowdle, já era mau.
Mercedes Mason, a protagonista, não tem estado parada desde então: a integrar actualmente o elenco do spin off de The Walking Dead (imaginativamente intitulado Fear The Walking Dead, 2015), passeou-se por diversas outras séries e foi titular em The Finder e 666 Park Avenue. Josh Cooke é outro que tem feito pela vida: Dexter e Hart of Dixie são dois créditos a seu favor. Para a posteridade, fica a cena em que uma hospedeira de bordo é mordida na boca mas a passageira estudante de medicina de serviço (que até já trabalhou para o exército, como vem a calhar mais adiante) envolve-lhe a cara toda com uma toalha e amarra-lha à cabeça com um cachecol (para quê cobrir-lhe o rosto, impedindo-a de ver e de respirar, se a ferida se cingia à área maxilar?).
Quarentine 2 The Terminal 2011
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