Cinco anos depois de um casal se ter mudado para a casa onde é feliz, o marido descobre que o imóvel encerra dentro das suas paredes um historial de uxoricídios que remonta ao início do século passado e está o caldo entornado, a esposa adúltera é empurrada para o canal mais próximo. Haverá fantasmas à solta ou só na cabeça do protagonista, que não distingue realidade de folclore e nem a excelente direcção de fotografia evita o fiasco. Hannah Hoekstra e Antonia Campbell-Hughes são os únicos pontos favoráveis deste projecto de terror psicológico irlandês, mas um olho que espreita de uma fenda na parede e uma morta que sai do canal com o cabelo sobre a cara são oportunidades de gritar plágio, Ju-on e Ringu referências demasiado óbvias para o que já não comportava a menor originalidade e volta a carga com a dita guedelhuda a rastejar do estuque na direcção de um homem que grita, a orientar-se certamente pelo que ouve, porque os cabelos, mais uma vez, não a deixam ver.
The Canal 2014
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