Friday, May 31, 2013

Mamã, de Andrès Muschietti

Baseado numa curta-metragem argentina de três minutos de duração, composta por uma única sequência sem história, assinada por Andy Muschietti, em 2008, a produção executiva de Guillermo del Toro garantiu-lhe o prolongamento, mas não a qualidade. É uma pena que não tenha aprendido com a produção de Não Tenhas Medo do Escuro (2010).
 
Concede-se que Mama começa de forma promissora, com imagens estilizadas de tirar o fôlego e gelar a respiração, mas a expectativa de que esse visual seja equilibrado com um enredo que mantenha a fasquia revela-se vã. Ao cabo de meia-hora, acabam-se as surpresas e o resto são remendos serôdios, uma mistura do manual do Sol Nascente do virar de século, filtrado pelo Ocidente (Ring, Ju On, Dark Water) e com pitadas de Actividade Paranormal (especialmente o terceiro tomo, de 2011), sem esquecer o pormenor do flash fotográfico a fazer de lanterna (A Casa Muda, 2011, e respectivo remake, 2012) ou a menina-aranha de O Exorcista (1973).
 
Elogia-se a presença de Jessica Chastain, a direcção de fotografia e a magreza e contorcionismo ósseo de Javier Botet, o actor espanhol que veste o papel de Mamã, mas lamenta-se a previsibilidade da narrativa e a quantidade de clichés em que tropeça.
 
Mama 2013

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