Terrifier é o exercício por excelência em clown slashing, resumindo em menos de hora e meia tudo o que um fã deste subgénero procura. A única preocupação com o enredo prende-se com o constante e acutilante fornecimento de gore,utilizando um chicote com bisturis e tesouras, facas, serras, martelos, sacos plásticos e, quando não há mais nada à mão, as próprias mãos. Neste prisma, Terrifier é extremamente bem sucedido, porque não tenta ser mais do que aquilo que é, uma noite tensa de stalking e homicídio com três jovens mulheres por quem torcer, praticamente toda passada na garagem e cave de um edifício que, pela decoração, mais parece um personagem de pleno direito. O suspense é real e a economia de meios não o priva de solidez nos efeitos especiais, na iluminação cénica e na banda sonora temática.
A máscara de palhaço é perturbadora e o homem por trás da máscara tem boa mímica. É a terceira vez que é dada vida a Art the Clown, mas a primeira representada por David Howard Thornton. Na curta metragem Terrifier (2011) e na longa All Hallow's Eve (2013), foi Mike Giannelli quem se escondeu por trás da farda. A mudança foi positiva. No campo das reclamações, há que referir que o serial killer é o único que agride as vítimas consistentemente até garantir a sua morte, ao contrário destas que, assim que o atacam com algo encontrado pelo caminho, fogem após o primeiro golpe, largando a arma, o que lhe permite recompor-se e retomar a perseguição. Portanto, já sabem, quando estiverem nessa situação, não parem até se assegurarem de que a ameaça foi eliminada.
Terrifier 2016
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