Terceiro filme de suspense do inglês Christopher Smith, que até aqui tem escrito o que dirige. Assim como no caso de Sísifo, cujo castigo é empurrar, ad eternum, uma rocha até ao topo da montanha (porque esta rola do pico da montanha e a operação tem de ser repetida), também a protagonista de Triangle (Melissa George) é sujeita a deslindar um mistério em looping, num navio fantasma onde, a todo o tempo, existem três versões dela própria, com nuances individuais, que carece distinguir.
É um filme que não se apreende de imediato e eventualmente capta a atenção, mas peca por uma fase inicial de arranque lento, carburando em aridez e provocando desconfiança, quando as pistas parecem conduzir numa direcção pouco original e as mortes começam sem aviso ou justificação. Nenhum dos personagens desperta a menor empatia e esse é talvez o maior defeito da narrativa que demora a pôr-se em marcha, deixando-nos demasiado tempo a duvidar dos méritos do realizador argumentista. Enfim engrena, mas satisfaz apenas momentaneamente.
Triangle 2009
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