Corria o ano de 1983 quando uma peça de teatro estudantil que envolvia um enforcamento foi interrompida a meio de cena pelo acidental esticanço de pernil do actor que tinha o laço ao pescoço. Este ano, na véspera da repetição da malfadada peça, três estudantes entram no liceu para escavacarem o cenário e impedirem a sua realização. Não estão sozinhos e a noite vai acabar mal. The Gallows é totalmente filmado em POV, mas o tempo da found footage passou e a câmara oscilante e a iluminação inspirada no movimento Dogma 95 já induzem ao bocejo. Ainda assim, e mesmo não justificando o visionamento, o filme lá consegue um ou outro susto melhor encenado. No todo, contudo, é mais um ninho de gritos histéricos e imagem sacudida, a impressionar apenas os mais impressionáveis.
Segundo filme que a dupla Travis Cluff e Chris Lofing escreveu e realizou, com o primeiro a fazer de operador de câmara interactivo, vulgo actor (é o nono papel da sua carreira, curtas-metragens homónimas incluídas). A lenda de Charlie Grimile é ficcional, assim como a peça de teatro de 1983 em que o aluno teria acabado enforcado, apesar da produção ter tentado baralhar os cinéfilos com alguma areia para os olhos em blogs obscuros desenvolvidos para o efeito, onde alicerçaram a base histórica e juntaram o enforcamento de três adolescentes no auditório do mesmo liceu em 2008, supostamente aqueles a braços com o fantasma. Já se fala em sequela e, algo precocemente, em adicioná-lo à galeria de monstros como Michael Myers, Jason Voorhees e Freddy Krueger. Os personagens têm os mesmos nomes próprios que os actores que os representam, eventualmente uma piscadela de olho a Blair Witch Project (1999), globalmente entendido como o precursor do subgénero.
The Gallows 2015
No comments:
Post a Comment