Contos de Halloween é um produto derivado de colheita sazonal que, com mais ou menos variação, chafurda na mesma água estagnada do orçamento proporcional à ausência de ideias originais. Na urgência de contar uma história inteira em 10 minutos ou menos, os participantes metem os pés pelas mãos e, sem parecerem entender de terror nem de comédia (até aqueles que já deram provas de melhor), obrigam o espectador a uma inclemente pasmaceira criativa, plágios e homenagens de arrepiar pela falta de imaginação. No final, torna-se confuso distinguir os episódios (são dez histórias separadas, ainda que duas ou três partilhem figurantes) e que tantos tenham feito tão pouco (depois de ver o filme, é impossível adivinhar que episódio corresponde a que realizador).
O tema musical de abertura é da autoria de Lalo Schifrin (Missão Impossível), mas ninguém diria, de tão genérico (o seu filho Ryan dirige um dos segmentos, pelo que a explicação pode estar aí). Os fãs do género contam com algumas caras conhecidas para apontar orgulhosamente e quem não for pode desistir. Os realizadores de serviço têm Neil Marshall, Lucky McKee e Darren Lynn Bousman como os mais sonantes. Mais vale optar pelo mediano Trick r'Treat (2007), onde Michael Dougherty faz malabarismo com apenas quatro narrativas sucessivas.
Tales Of Halloween (2015)
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