Inspirado no Holocausto Canibal (1980) de Roggero Deodato, Eli Roth voltou a dedicar-se às carnes vermelhas, colocando a sua namorada peruana (a entretanto esposa Lorenza Izzo) no epicentro da selva natal, mas o inferno verde que filmou em 2013 só conseguiu distribuição em 2015, eventualmente para acompanhar a onda de Knock Knock (2015), que o realizador fez com a mesma equipa técnica, todos enturmados desde Aftershock (2012).
Um grupo de ingénuos activistas ruma ao Peru para se acorrentarem ao bulldozer de uma construtora que, aparentemente, se prepara para dizimar uma aldeia que nunca conheceu a civilização e acaba a servir de refeição à tribo que foi ajudar. Mesmo reconhecendo-se a ironia anti-ecológica e um ou outro momento mais inspirado, Eli Roth continua a ser um nome a evitar pela sua incapacidade em criar as emoções básicas de um filme de terror. Sim, há um homem desmembrado perante os nossos olhos (com algum jogo de câmara) mas, da mesma forma que os figurantes nativos acharam estar a representar uma comédia, também o cinéfilo civilizado não negará a frustração perante o resultado final. Pôr gente a gritar não chega.
The Green Inferno 2013 (2015)
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