No ano da câmara tremida de [Rec], Poughkeepsie Tapes e Cloverfield, um homem foi capaz de fazer Steven Spielberg borrar-se nas calças e exorcisar um DVD: Oren Peli, com o demo de Actividade Paranormal (2009). Uma quadrologia e uma série (The River) mais tarde, Peli escreveu e produziu Chernoby Diaries, mais um projecto de câmara ao ombro, desta vez sem que a mesma seja transportada por nenhum dos personagens, o que se aplaude.
Seis turistas visitam a cidade-fantasma de Prypyat, abandonada apressadamente aquando do desastre nuclear de Chernobyl, em 1986. Outrora o dormitório dos trabalhadores de Chernobyl, este é o cenário ideal para um thriller tenso, passado num ambiente que convida, pela sua decrepitude e isolamento, ao medo. Aparte o excitante local de visita, porém, o filme revela-se parco em emoções e rico em clichés, ganhando apenas com personagens que começam simpáticos, ao contrários de muitas outras produções do género, permitindo-nos, assim, engraçar com os companheiros de viagem.
Do elenco, salienta-se Nathan Phillips, uma nódoa em Wolf Creek (2005), Serpentes a Bordo (2006) e Red Line (2007) e que este é o primeiro filme de Bradley Parker, anteriormente técnico de efeitos especiais, coisa em que Diários de Chernobyl é omisso. Reconhece-se a criação de uma atmosfera de suspense eficiente, mas que descamba no facilistismo de correrias desenfreadas em espaços mal iluminados e numa zombie rush final, esperada, eventualmente, ou não fosse a radiação a maior preocupação dos presentes. Por fim, o filme não foi filmado na Ucrânia, onde se situa Chernobyl e Prypya, mas na Sérvia e na Hungria.
Chernobyl Diaries 2012
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