Quando um proxeneta conclui que as suas prostitutas podem não estar a fugir-lhe, mas a serem vítimas de um assassino em série, inicia um contra-relógio para encontrar a última que lhe enviou, antes que seja tarde demais. Para mal dos pecados dela, porém, o conceito de contra-relógio é bastante mais lento na Coreia do Sul.
The Chaser baseia-se num caso verídico ocorrido em 2005, de umserial killer que chegou a ser preso por um pequeno delito, mas libertado por a polícia não confirmar o seu registo criminal. Quando foi detido, o seu currículo apresentava vinte homicídios. Este não é um filme de digestão fácil, mais pela indefinição de conteúdos do que por ser repulsivo. Cataloga-se como thriller e tem, certamente, elementos suficientes para aguentar-se dentro do género, mas a sua exasperante construção narrativa distrai-se demasiado com a constrangedora inércia policial. Essa persistência, realista e quase documental, de extrema incompetência é enervante, e revela-se, em última análise, um pau de dois bicos. Serve o propósito de esticar a incerteza quanto à sobrevivência da vítima aprisionada, mas sucumbe à excessiva passividade e falta de ritmo.
Debilitado por este marcar passo, desperdiça as suas potencialidades, apenas residualmente cumprindo objectivos. Melodramático e implausível, o filme não casa bem a crueza dos crimes com a estupefacção causada pela grosseira inépcia policial. Além disso, o final é deixado ao vento, ficando por descortinar o destino do proxeneta e o da menina órfã.
Chugyeogja 2008
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