Tuesday, April 7, 2009

Underworld: A Revolta, de Patrick Tatopoulos


Desengane-se quem esperava rever Kate Beckinsale de vinil preto. Estamos perante uma prequela, anterior ao nascimento da sua personagem, a estrear na realização o especialista em efeitos especiais Patrick Tatopoulos e a manter Danny McBride na escrita.
Ainda havia leite para espremer nesta vaca? Infelizmente, a produção encolheu os ombros e Tatopoulos ligou o piloto automático. A história é épica, retratando o período em que os lobisomens se livraram do jugo dos vampiros, mas é filmada em pequena escala, revelando-se demasiado modesta para convencer. Os cenários são pobres, a fortaleza singela e os figurantes em número embaraçante. Se o compararmos com a fornada típica da série B e Z que sai por ano directamente para DVD ou com os trabalhos do realizador que todos adoram odiar (Uwe Boll), claro que estamos um patamar acima, mas Len Wiseman (realizador dos tomos anteriores) teria feito muito melhor.
Michael Sheen tenta rivalizar a sua prestação com a de Frost/Nixon(do mesmo ano), mas Bill Nighy está pior do que nunca e Rhona Mitra sabe que não foi escolhida pelas suas qualidades shakespeareanas. Ainda assim, ela é uma sucessora digna de Beckinsale: foi a primeiraTomb Raider de carne e osso, já enfrentara lobisomens emSkinwalkers, o monstro Grendel em Beowulf (1999) e todo o tipo de escumalha humana em Doomsday (2008).
De qualquer modo, o produto final é suficiente para acentuar a mitologia e manter acesa a chama Underworld, ao ponto de desejar-se o regresso da dupla responsável pelo seu sucesso, Wiseman e Beckinsale, num quarto filme.
Underworld Rise Of The Lycans 2009

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