História de fantasmas que se revelam através de sombras e brilhos em fotografias, mas cujo artifício perde credibilidade quando o fantasma se materializa dispensando a câmara escura. Como qualquer conto deste tema, a narrativa é simples e assenta mais na concretização de uma atmosfera inquietante do que num conceito lógico, e por isso há situações forçadas e incoerentes (houve ou não atropelamento?). Manifesta eficiência em termos de clima, apesar de não imprimir propriamente medo, devido à falta de originalidade das estratégias. O final é péssimo para um filme terror mas excelente para uma comédia.
A dupla de realizadores tailandeses, motivada pelo sucesso deste filme, reincidiu no género em 2007, com o estereotipado Alone. Shutter teve um remake indiano em 2007 (Rivi) e um americano em 2008 (Shutter).
Um erro técnico: o protagonista usa uma máquina fotográfica digital Canon EOS mas revela as suas fotos numa câmara escura – o que é impossível com máquinas digitais, que não têm rolo de película para revelar; e abrir a porta da câmara escura durante a revelação é algo que um fotógrafo experiente também não faz, sob pena de destruir os negativos.
Shutter 2004
No comments:
Post a Comment