Tuesday, October 28, 2014

The Scribbler, de John Suits

Uma das actrizes principais da primeira temporada de Arrow e secundária na segunda (Katie Cassidy), duas actrizes de Buffy Caçadora de Vampiros (Eliza Dushku e Michelle Tratchenberg), dois actores de 4400 (Billy Campbell e Garret Dillahunt) e uma estrela porno com uma bandolete de orelhas de coelho (Sasha Grey). Michael Imperioli e Gina Gershon tomam conta das crianças.
Numa primeira análise, The Scribbler parece prometer um pouco de Identidade Misteriosa (2003) e Pesadelo Em Elm Street 3 (1987) /Bad Dreams (1988), ao introduzir uma paciente com múltipla personalidade num edifício cheio de doentes mentais que são eliminados um a um mas, no final, está muito mais próximo do remake de Toolbox Murders (2003) ou Amityville: Nova Geração (1993) – onde, curiosamente, há também uma personagem chamada Suki. Qualquer relação entre a maquineta cheia de fios e cabos que vai sofrendo alterações e o pesadelo cyberpunk Testsuo (1989) é mera coincidência.
Dan Schaffer é o autor da obscura graphic novel de 2006 e John Suits é o não menos obscuro realizador/produtor de muito baixo orçamento e talento de Breathing Room (2008). Juntos, reduzem The Scribbler a um exercício de incompetência. Uma jovem esquizofrénica, sujeita a tratamentos de choque para suprimir as suas identidades suplentes, é enviada para uma casa de recuperação para continuar o tratamento sozinha. Trata-se de um edifício de 13 andares, que deveria estar cheio de gente, mas do qual só conhecemos a meia dúzia que se vai estatelando do telhado para a entrada, e só lhes conhecemos o aspecto físico, porque não passam de figurantes. De cada vez que a heroína se sujeita ao tratamento, sofre falta de memória e alguém “salta” do telhado, para que se suspeite da culpa de uma das suas personalidades, supostamente a escrevinhadora (scribbler), que mais não faz do que rabiscar nas paredes mensagens invertidas; ou que se passe tudo na cabeça dela e as vítimas sejam as suas duplas. No final, assiste-se a uma luta de artes marciais entre a heroína e a vilã, tão risível quanto surpreendente, como se ambas se tivessem ligado à matriz e, subitamente, I know kung fu.
The Scribbler 2014

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