Saturday, November 17, 2012

Actividade Paranormal 3, de Henry Joost e Ariel Schulman



Como aborrecer de morte um cinéfilo continua a seguir a cartilha da vídeo-vigilância, desta vez com um fantasma que não gosta de mobiliário ou trabalha para a IKEA. Depois de Oren Peli ter dado o pontapé de saída (2007) e de Todd Williams ter mantido a bola em jogo (2011), saltam dois realizadores para o seu lugar, o que podia não ter sido má ideia, já que o seu falso documentário Catfish (2010) usava a câmara subjectiva de forma sustentada. Mas, se o primeiro filme era uma curiosidade e o segundo insultava a audiência (pela repetição da fórmula), à terceira a culpa é de quem se predispõe a assistir.
Exceptuando o masoquismo, não há uma única razão para aguentar mais hora e meia de vídeos caseiros com eventuais portas que abrem ou vultos imóveis na sombra. O segundo filme levantava algum do véu, apresentando o fantasma como uma entidade demoníaca que fizera um contrato com a bisavó da família em troca de riqueza e agora, depois de dois lares terem sido possuídos e não sobrarem irmãs, viaja-se ao passado. Em 1988, o VHS era rei, as câmaras pesadas e a família ainda estava junta, pronta a sofrer as agruras de Toby, criatura invisível com ar de velho (diz a irmã Kristi, a única que consegue vê-lo) mas atitudes de imberbe. Se, no segundo filme, é dado a entender que o dito quer um varão para reencarnar, a verdade é que, neste capítulo, interrompe diversas vezes o ambiente copulativo ao casal que poderia dar-lho. Caminha-se a passo de caracol para um final anedótico e deste para um quarto filme. Deus tenha piedade dos pobres de espírito.
Paranormal Activity 3 2012

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