Friday, August 10, 2012

ATM – Armadilha Mortal, de David Brooks


Com medo de uma silhueta volumosa que os aguarda à saída da cabina de Multibanco de um supermercado, três colegas de trabalho barricam-se no interior, à espera da polícia ou da luz da manhã. Entretanto, os ânimos exaltam-se e a violência, mas não a inteligência, escala.
O subgénero de terror dos maníacos assassinos tem-nos para todos os gostos, sendo o mais comum aquele que esconde as suas feições por trás de uma máscara ou de um gorro, ocultando as feições para assustar pela sua mera presença estática. Uns gostam de atacar em datas festivas (Halloween, Sexta Feira 13 e o Natal são as mais escolhidas), outros só se preocupam com o cenário. ATM é apenas frustrante para quem tivesse expectativas e, desde o título, o filme não as cria nem desenvolve. Um trabalho tarefeiro na escrita, realização e representação.
Antes de M. Night Shyamalan trancar gente num elevador com o Diabo a apertar a bexiga (Devil, 2010), espaços fechados em lugares desertos já eram poiso cativo para o medo. Em 1993, John Carpenter, que revolucionou o género e introduziu Michael Myers ao imaginário aterrador (1978), e Tobe Hooper (Massacre no Texas, 1974) juntaram três curtas-metragens numa cassete de vídeo, para consumo caseiro, sob o título Body Bags. O primeiro segmento passa-se numa estação de serviço perdida na América profunda, onde uma empregada nocturna tem de lidar com notícias de um assassino em série pelo rádio e um indivíduo presumivelmente mal intencionado a cirandar o estabelecimento. Recomenda-se vivamente uma consulta a este filme obscuro, mas de referência a quem quiser muito melhor do que ATM.
ATM 2012

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