Thursday, September 10, 2009

Sublime, de Tony Krantz


A Raw Feed continua a editar lixo. Depois de Rest Stop 1 e 2, o trio Shiban, Myrick e Krantz produz um filme que só poderá ser impressionável a hipocondríacos. Enésimo exemplo do mito urbano em que um paciente que entra num hospital para uma operação de rotina e vê os seus problemas aumentarem exponencialmente, com o seu estado a degenerar diariamente e a assistir a diversas experiências inexplicáveis... que afinal não passam de um pesadelo.

A história é mal conduzida desde o início (e os flashbacks não ajudam – quantos flashbacks aguenta este filme?). Quando a colonoscopia de rotina é substituída por uma simpatectomia torácica, ainda pomos em dúvida o que virá a seguir, mas a amputação de uma perna é demais. Intuímos imediatamente, tanto mais que ninguém parece ter uma reacção normal ao sucedido, que a história aponta para o que em BZ (1990), de Adrian Lyne, foi um golpe de génio, mas que entretanto se transformou num recurso laxativo de argumentistas preguiçosos que não sabem como concluir uma história.

O guião de Erik Jendresen é preguiçoso e estereotipado, a testar os limites de tolerância à estupidez. Anedótico e pouco convicto, com a medicação de embrutecimento do paciente a ser receitada igualmente ao público. Não interessa se é sonho ou realidade, nem um nem outro conseguem manter os padrões mínimos de entretenimento.

Tom Cavanagh (Ed), com os seus honestos olhos azuis, defende o papel principal com estoicismo e dignidade, mantendo-se credível entre flashbacks e imbecilidade hospitalar. Entre os actores secundários encontramos Kathleen York (West Wing), Paget Brewster (Huff e Mentes Criminosas), George Newberry (Providence, Reunion e dezenas de outras séries) e Lilyan Chauvin, a velha madre do Silent Night Deadly Night, como enfermeira.

Sublime 2007


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