
Verdade seja dita que muitas alterações foram exigidas ao guião proposto por Glen Morgan, que não incluía as cenas passadas no hospício, não arrancava olhos, ordenava os flashbacks na abertura e Agnes não era filha de incesto. O resultado final, contudo, é o que conta, e este remake não poderia ser menos qualificado. Inventa-se todo um passado atroz para o assassino, que adquire uma tonalidade de pele amarelo-alaranjada por efeito de um problema de fígado, presta-se a sexo anedótico com a mãe e até se canibaliza em churrasco de progenitura, antes de ser enviado para o sanatório. De resto, temos uma residência universitária com moças para todos os gostos (Kristen Cloke, Michelle Trachtenberg, Mary Elizabeth Winstead, Lacey Chabert…) - menos para quem gosta de negras, asiáticas e gordas - e um assassino com a peruca da
Mãe Bates e a cara do Mickey Rourke em latex que liga às sobreviventes pelo telemóvel da última vítima, sendo que, invariavelmente, todos os telemóveis têm o mesmo tétrico ringtone natalício.
Meia dúzia de olhos arrancados depois, uma advertência a sex tapes que dão por si no youtube e muitos gritinhos irritantes, fica apenas um body count sofrido e muito pouca imaginação. A banda sonora está a cargo de Shirley Walker, compositora de Final Destination, de James Wong, produtor de Black Xmas e realizador de Final Destination 1 (com Kristen Cloke) e Final Destination 3 (com Mary Elizabeth Winstead).
No comments:
Post a Comment