Três jovens inglesas à procura de diversão no sul de Espanha dão por si num pequeno iate com quatro desconhecidos e uma amiga viva a menos. É então que a falta de um argumentista se torna evidente e a partir daí tropeça-se na banalidade de um suspense previsível e entediante.
Escrito e realizado por Oliver Blackburn, Donkey Punch é um pequeno refogado de clichés e personagens estereotipados, que se comportam de modo irrealista até sobrar apenas um. De acordo com o manual de instruções que já vem dos teen slashers dos anos 70, se houver uma rapariga a bordo que é mais responsável e menos libertina que as outras, não custa muito perceber-se quem sobreviverá.
Em conclusão, o realizador sabe o que fazer com uma câmara, tanto em termos técnicos como na escolha dos cenários (o Mediterrâneo foi filmado na África do Sul), mas falta-lhe um argumento credível, personagens interessantes e há muito menos sexo e sangue do que o menu apontava. Originalidade também não.
Spoilers: quando uma das jovens morre, decidem atirá-la borda fora, mas esquecem-se que, se alguma vez for encontrada, não terá água nos pulmões, caindo assim por terra a teoria de afogamento. A cena que envolve um sinalizador marítimo e um espantalho, a piscar o olho a Calma de Morte (1989), de Philip Noyce, é de uma incompetência que raia o desenrascanso grosseiro. Tão absurdo como no filme Armadilha Em Alto Mar, alguém decide que não aguenta mais e suicida-se. Haja paciência.
Donkey Punch 2008
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