James Wan e Leigh Whannell adormeceram a ver Achmed – The Dead Terrorist, o sketch de stand up de Jeff Dunham, e acordaram comBilly, o fantoche de triciclo de Saw (2004), na memória. Não sendo conhecidos pelo sentido de humor, optaram por um ventríloquo mudo e, para que fizesse sentido que o cartaz contivesse o slogan “Dos criadores de Saw”, assassino.
Sem saberem como abordar o tema de forma original, começaram pelo seu design, uma mistura de Pee Wee Herman e de Robert Blake (qual deles o mais assustador), e entretiveram-se a resumir contos de fantasmas de Sheridan Le Fanu e de M. R. James.
Um casal recebe um boneco de ventríloquo, sem remetente, e este agradece a hospitalidade matando o elemento feminino do casal. O viúvo inicia uma investigação, que o conduz à sua cidade natal, praticamente uma sombra desde que a fábrica local fechou. O polícia encarregue do inquérito ao homicídio da esposa vai atrás dele. Por trás do mistério está uma ventríloqua do início do século XX, acusada de raptar um menino que duvidou das capacidades dela em palco, e que foi morta pela populaça. Como na cartilha mafiosa, os fantasmas não descansam enquanto não se vingarem de todos os descendentes daqueles que os prejudicaram. Se parece O Pesadelo Em Elm Street(1984) com um boneco na mão em vez de lâminas, nem a cantilena de conjuração escapa à mediocridade.
Assim como Saw, Dead Silence é um pequeno conto do imprevisto esticado à duração de longa-metragem, que ganha com uma lindíssima direcção de fotografia, mas perde em tudo o resto. Otwist final, então, dá para rir, especialmente no que toca ao tubo por onde passa a sopa. Reencontro com o compositor Charlie Clouser (de toda a saga Saw) e com Donnie Wahlberg, também polícia
Dead Silence 2007