Escrito e realizado por Pål Sletaune (Junk Mail, 1997), Naboer é um thriller norueguês sobre a perda de controlo, o desejo e a obsessão. Perturbador e labiríntico, dotado de uma mise en scéne que transforma os cenários em personagens e de uma inquietante banda sonora de Simon Boswell, o suspense é primoroso e a intensidade com que penetra a nossa curiosidade é avassaladora.
Munido de uma frieza implacável e a capitalizar na paranóia mais feroz, Naboer aproveita bem os elevados valores de uma produção conjunta da Noruega, Dinamarca e Suécia.
Munido de uma frieza implacável e a capitalizar na paranóia mais feroz, Naboer aproveita bem os elevados valores de uma produção conjunta da Noruega, Dinamarca e Suécia.
A história desenvolve-se lentamente, permitindo-se respirar como um bom vinho, e cada gole é néctar que se recomenda. Pelas surpresas, pela mestria da direcção, pela qualidade da fotografia, pelo arrojo gráfico da violência sexual que choca pela sua não gratuitidade. Como único defeito, uma duração demasiado curta (aproximadamente de 70 minutos).
Kristoffer Joner (Vinterkyss) aguenta o protagonismo com uma vulnerabilidade notável, a deixar-se envolver num confuso mundo de sedução que não compreende. Cecilie Moslie e Julia Schacht são o rosto sensual desse mundo que tem tanto de real como de onírico.
Kristoffer Joner (Vinterkyss) aguenta o protagonismo com uma vulnerabilidade notável, a deixar-se envolver num confuso mundo de sedução que não compreende. Cecilie Moslie e Julia Schacht são o rosto sensual desse mundo que tem tanto de real como de onírico.
Naboer 2005
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