Primeiro, o título. A Casa do Fim da Rua acena descaradamente a A Última Casa da Esquerda, um original de Wes Craven de 1972, que teve um razoavelmente inspirado remake em 2009. Curiosamente, nenhum dos filmes tem um mapa que permita entender a denominação. Será mesmo a última casa à esquerda ou a casa do fundo da rua? Não se sabe. Interessa? Nem o filme.
A Casa do Fim da Rua assenta numa ideia que Jonathan Mostow (Breakdown, 1997) propôs a Richard Kelley (Donnie Darko, 2001) transformar num guião, corria o ano em que lhe acenaram com Terminator 3 (2003) e abandonou o projecto. Agora com guião de David Loucka (Dream House, 2011) e realização de Mark Tonderai (Hush, 2008), esta trôpega e desinspirada variação de terror juvenil revela não ser mais do que uma reciclagem do twist de Sleepaway Camp (1983).
Depois de uma hora mergulhado em torpor, o filme parece acordar da forma mais estúpida possível. Os diálogos são pedestres e as atitudes grotescas. Adolescentes normais tornam-se, sem provocação, agressivos e pirómanos. A protagonista, uma adolescente que se quer enturmar numa nova escola, abandona o evento de bandas (em que é concorrente) a meio para ir atrás de um rapaz de quem gosta e, depois de verificar que ele não está em casa, em vez de voltar atrás, decide esquadrinhar-lhe a casa, que se assemelha a um labirinto, com a garagem a situar-se no andar térreo por fora, mas no subsolo por dentro (pode ser deficiência da montagem). A resistência do corpo humano nunca deixa de surpreender: há quem caia das escadas e morra, mas quem seja atravessado por uma faca de cozinha e viva para contar a história (só não acredita quem nunca ouviu falar em faquires), ou leve uma violenta martelada na cara e esta fique intacta.
Com Jennifer Lawrence, Gil bellows e Elizabeth Shue. Por último refira-se que A Casa do Fim da Rua partilha, até dado momento, com Massacre no Texas 3D (2013), a linha narrativa do psicopata mantido na cave pelo membro de família que habita por cima.
House At The End of the Street 2012
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